Nos últimos anos o movimento sindical brasileiro, tem passado por grandes desafios em sua sobrevivência e a FITERT não tem sido diferente.
Em 2017 com a reforma trabalhista, o governo Temer retirou o sistema de financiamento sindical, acabando com a contribuição compulsória de cada trabalhador que contribuía com um dia de seu salário para ajudar nas lutas diárias em defesa dos direitos e avanços nas conquistas da categoria.
A FITERT e todo o movimento sindical, não esperavam este impacto e sofreu uma dura queda em sua receita, logo não teve outro caminho há não garantir o pagamento dos direitos trabalhistas de todos os trabalhadores que ajudavam no dia a dia da federação. Então, tomamos a decisão de pagar a todos, porém, não esperávamos que alguns entrariam com ação trabalhista pleiteando algo que não tinham o direito, mas havia incentivo de fora para prejudicar a entidade classista. No tempo vencemos todas as batalhas judiciais do período mas, ainda teríamos outros desafios para superar, pois com os recursos cada vez mais escassos, deixamos de pagar algumas taxas condominiais das três salas de propriedade da federação. Apesar de todas as tentativas de uma negociação com a administração do condomínio para que a FITERT pudesse parcelar seus débitos e colocar em dia, não tivemos êxito. Agora ao final da ação, temos que quitar a dívida e não temos outra forma se não a venda de um imóvel e com isso acabar com as pendências financeiras da federação.
Ausência dos sindicatos dentro da federação!
Os sindicatos de maior porte têm se afastado da federação com a justificativa da falta de dinheiro para honrar seus compromissos estatutários, políticos e morais com a categoria, deixando de pagar as mensalidades associativas, valor este descontado dos associados de cada sindicato e repassado a federação, uma decisão de assembleia. O sindicato que deixa de repassar este valor se apropria do que não é dele, cometendo assim crime de apropriação indébita, o que levou a federação a entrar com ações de cobrança. Assim, a entidade decidiu fazer a cobrança dos repasses em juízo, entrando com ação judicial contra os Sindicatos dos Radialistas do Distrito Federal, do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo. A contribuição voluntária dos radialistas de todos os estados deve ser para financiar suas lutas, seja no plano municipal, estadual ou nacional, pois só é possível defendermos os avanços dos direitos da categoria com a participação coletiva de todos.
Unidos na luta, não significa concordar com o pensamento e nem aceitar a imposição de ninguém.
A Fitert tem mantido sua política e princípios democráticos dentro de sua estrutura em defesa dos radialistas brasileiros, o que vai de encontro aos considerados grandes que queriam impor suas vontades em detrimento da maioria, não sendo possível nenhuma imposição, pois entende e foi criada para defender os direitos iguais para todos. Dessa forma, o maior tem o mesmo valor que o menor, pois o valor da contribuição é igual para todos sem distinção e não poderia ser diferente, em anos de luta sempre nos pautamos no princípio da igualdade.
A Fitert continuará sua luta em defesa dos direitos e avanços que tanto necessitamos, e continuará buscando a união de todos os radialistas no Brasil para um só objetivo, fortalecimento de nossas ações em todo o país, por uma categoria respeitada e valorizada.